12 de agosto de 2016
por: Marcela Leone
Campanha da marca de beachwear Rubymoon, atenta às questões ambientais e sociais

Campanha da marca de beachwear Rubymoon, atenta às questões ambientais e sociais

Jo Golden é uma especialista em moda praia com 20 anos de experiência em grifes como Gap, M&S e Victoria’s Secret. A designer escreveu um artigo sobre como será a lingerie dos próximos anos para o portal The Lingerie Addict.

Para ela, ao optar por comprar uma peça nova de lingerie ou beachwear, não basta mais ela ter boa exposição na loja para a decisão de adquiri-la ou não. “Essas peças são desenvolvidas para se adaptarem ao nosso lifestyle, então luxo, conforto e estética são – e devem ser – pontos importantes dessa compra”.

Mas não apenas isso. De acordo com a estilista, outra característica importante do desenvolvimento de vestuário vem ganhando foco nos últimos anos: a produção ética. Por exemplo: através da implantação de salários mais justos e melhores condições de trabalho, ou utilizando a cadeia de fornecedores locais, a fim de reduzir emissões de gás carbônico. O assunto foi tema do Copenhague Fashion Summit este ano, que contou com palestras de sustentabilidade de grandes nomes da indústria, como Nike e Vivienne Westwood.

“Com o surgimento de consumidores mais ambientalmente conscientes, a emergência do surgimento de marcas responsáveis está mudando a indústria”. Porém, Jo ressalta que não é mais preciso sacrificar o estilo para se ter uma lingerie politicamente correta. “Grande parte das marcas que estão fazendo mais para ter um impacto positivo é equivalente e muitas vezes até excede as líderes de mercado em termos de aparência, produzindo peças que são magnificamente concebidas […] Atualmente é perfeitamente possível comprar produtos de moda de marcas que usam tecidos sustentáveis e têm produção ética”.

Agora empresária por trás da Rubymoon, sua marca de moda praia, ela exalta que após anos de mercado sabe quão prejudicial é o fast fashion de lingerie ao mundo, tendo testemunhado de perto a poluição gerada e a exploração da mão de obra, principalmente em países como China e Índia, onde grande parte da moda íntima mundial é produzida.

A australiana Mighty Good Undies mantém sua própria produção de algodão orgânico na Austrália

A australiana Mighty Good Undies mantém sua própria produção de algodão orgânico na Austrália

Para finalizar, Jo Golden cita três marcas que possuem propostas éticas, sustentáveis e que também possuem apelo estético para o conhecimento dos consumidores: sua própria Rubymoon, criada em 2011 na Inglaterra com o objetivo de ter um impacto social e ambiental positivo; a alemã Anekdot, que produz moda íntima e beachwear a partir de restos de tecidos reciclados da indústria de moda de luxo; e a australiana Mighty Good Undies, que produz o próprio algodão orgânico para suas peças. “Essas são marcas que não apenas te ajudam a se sentir linda, mas também possuem um grande efeito social e ambiental”.

Fotos: reprodução